Com aqueles olhos cor de mel,
Tendão e músculo,
Silhueta esculpida de melanina,
Devorava – me com seu olhar,
Matando – me suavemente
com o toque de suas mãos.
Lábios adocicados, beijos surpreendentes,
que nunca provei outro igual,
Uma lágrima que escorre sem sentimentos,
Um prazer momentâneo que acontece sem amor,
Ao mesmo tempo como um objeto de prazer e luxúria.
Pernas entrelaçadas, línguas pelos pescoços,
Em momentos românticos juntávamos nossas mãos,
Momento de volúpia, boca pelo corpo todo,
fulgores e gemidos,
Estimulavam nossa respiração ofegante.
Os instantes passam, e o sufoco consome,
e a ansiedade era cada vez maior,
E quando o amor aconteceu ...
Subitamente, contou mentiras;
Nem bebida, nem drogas,
nem outrora mulher nem homem o acalmava,
Corpo este, que concedeu prazer a tantos e tantas,
Sexo cansado, que os tinham concedido,
Em breves momentos de lucidez,
não havia palavra para inocentar,
O pouco que daquele corpo restava,
um pouco...ou mesmo ...o nada,
Os segredos resguardados, do homem, não eram mais segredos,
Com orgulho aos 18 de ter aprazeirado alguém,
a quem nem amor sabia que existia,
espero que acabe logo a noite doce e amarga,
A explodir de cólera por amor a um corpo dolorosamente pago.
Dedicado a J.R. 1998 at Blue ...
Dedicado a J.R. 1998 at Blue ...