I gotta be myself ...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Interior


Percorro uma estrada já extinta,
Repuxo as lembranças atadas pelo vendaval,
Subo um penhasco intenso e íngreme,
Atualizo meus contatos reais,
Faço um balancete dos irreais,
Encontro meus sonhos diversificados,
Onipresentes são os meus sentimentos,
Inoportuno os meus desejos,
Pensamento etéreo, porém eventual,
Cotidiano simples, sem contrabalanço geral.
Ti arquitetuo como uma categoria barroca no inicio do neoclassicismo,
Estendo minhas mãos com sutileza,
Meu vocabulário é escasso e fraco,
Pressinto um labirinto extenso,
Dou voltas sem chegar a lugar algum,
Meu lugar é invisivel aos teus olhos,
Nado sem precisar de água,
Surropio sorrisos de alguém,
E faço me chorar compulsivamente,
Preciono minhas vontades,
Corrijo minhas palavras amargas,
Destilo meu veneno levemente doce,
Sofro porque sou banalmente vago.